Os pés
que andam em salto alto já sentiram a areia fofa da praia, também sentiram as
pedrinhas soltas do caminho, que até machucaram um pouco, mas nem havia ainda
parado de sangrar eles já estavam correndo outra vez.
Os pés que usam chinelos já pensaram serem melhores,
mas descobriram que o bom não é ser melhor nem pior, é ser igual ou ser
diferente, respeitando o jeito de cada um.
Os pés
que andam descalços já privaram a si mesmos da liberdade de andar por ai sem
nada apertando e com as ideias soltas.
Os pés que agora balançam no ar despreocupado já
foram muito ocupados, achando que quanto mais trabalhar é melhor, mas viram que
tinham uma escolha, que não precisavam ser tão ocupados consigo mesmos, mas que
podiam viver ,que podiam escolher parar e descansar.
Os pés
que hoje andam sem pressa gostam da companhia de caminhar lado a lado com
outros pés que também tem história, pés que carregaram estes pés quando ainda
não andavam.
E
vejam só, esses pés, que ainda balançam no ar, descobriram que as mãos são
trabalhadeiras, enquanto balançam no ar despreocupados elas escrevem o que
ambos sentem, as mão que... Bem essa é outra história.
Lâmpada
para os meus pés é a tua palavra e, luz para meus caminhos.
Salmo 119.105
Elba
Moreira
16/10/2012
16h
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